Quando iniciei a jornada no mundo dos vinhos, tudo parecia muito fora do meu alcance. Rótulos misteriosos, nomes estrangeiros, tipos de uva que eu nunca tinha ouvido falar. A sensação era de estar diante de uma prateleira que mais confundia do que convidava. Mas a verdade é que começar é muito mais simples do que parece.

Não tem ritual obrigatório, nem regras rígidas. Abre uma garrafa, serve uma taça e bebe. Se gostou, ótimo. Se não gostou, tudo bem — é só seguir testando até encontrar o seu estilo. Foi exatamente assim meu ponto de partida, e é assim que continuo: explorando, errando, acertando e descobrindo.

Preço não define qualidade

É comum associar vinhos caros à qualidade superior, mas isso nem sempre se confirma na prática. Existem excelentes opções entre R$40 e R$80 que oferecem experiências agradáveis e equilibradas. O mais importante é encontrar um vinho que combine com o gosto pessoal — e não com o valor da etiqueta.

Escolher entre tintos, brancos ou rosés depende do momento

Vinhos brancos costumam ser leves e refrescantes, ideais para dias quentes e pratos mais suaves. Tintos são mais encorpados e harmonizam bem com massas, carnes e noites mais frias. Já os rosés oferecem versatilidade e agradam facilmente quem está começando, por serem equilibrados e fáceis de beber.

Algumas regiões são boas portas de entrada

Países como Chile e Argentina produzem vinhos tintos populares e acessíveis, como Malbec e Carménère. Portugal oferece rótulos equilibrados com ótimo custo-benefício. E o Brasil, especialmente a Serra Gaúcha, vem ganhando destaque com vinhos honestos e cada vez mais reconhecidos.

O rótulo pode ser um bom guia

Mesmo sem entender todos os termos técnicos, é possível usar o rótulo como referência. Palavras como “suave”, “frutado” e “leve” indicam vinhos mais fáceis de apreciar. Também vale observar o teor alcoólico — entre 11% e 13% costuma ser ideal para quem está começando.

Não precisa entender — só sentir

O que mais me surpreendeu nessa jornada foi perceber que o vinho não exige nada além de presença. Não é sobre saber tudo — é sobre estar aberto ao momento. Cada garrafa que abri me ensinou algo, mesmo quando não gostei. E aos poucos, fui descobrindo que o prazer está justamente nisso: em provar, sentir, escolher, errar, acertar. O vinho é seu — e a experiência também.

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Um Brinde,

Carlos Alves

Sobre o Autor: Carlos Alves possui mais de 35 anos de experiência em gestão e empreendedorismo nas áreas de Vendas e Comercial. Formado em Engenharia de Produção, Carlos tem ampla vivência em vários setores, incluindo alimentos e bebidas, e em empresas de diferentes tamanhos. Apaixonado pelo mundo dos vinhos, sua missão é desmistificar essa bebida e torná-la mais acessível, aumentando o consumo no Brasil. Para ele, o vinho é história, geografia, cultura e, acima de tudo, relacionamento, fazendo parte da história da humanidade há mais de 3.000 anos, sempre associado a momentos memoráveis e prazerosos.